28.12.09

De novo?!?

É, eu sei. O outro post foi uma ilustração e agora vem outra.

Apesar do Natal não ser a data que mais gosto (já foi, hoje é um dia meio triste para mim), sempre é mandar um cartão ou alguma mensagem para os amigos e parentes. E na empresa também.

Só que desta vez não deu tempo de fazer o dos amigos e parentes. Na verdade, fiquei com várias idéias e nenhuma ficou legal. O tempo passou e acabei fazendo só o da empresa.

Então, segue o cartãozinho de Natal que fiz para a Viabrasil. Atrasado, mas é sincero!

5.11.09

Eu faço assim

Cada um tem um jeito de criar seus logos e ilustrações. Os mais habilidosos fazem tudo direto no computador e usam diversos programas simultaneamente. Mas como eu não faço parte desse seleto grupo de artistas, tenho que me virar com o que tenho.

Vou mostrar como eu faço, mas isso está longe de ser um tutorial e nem é essa a intenção.

Eu fiz um logo para uma ação de incentivo direcionada aos frentistas. Consistia em vender produtos de conveniência (na verdade, bomboniére e bebidas) e os melhores colocados, inclusive os gerentes desses postos seriam premiados.

Fizemos uma pequena campanha e eu criei esse logo:



Para chegar aí eu comecei com um esboço em papel.


Depois escaneei e joguei no Illustrator para finalizar os traços.



Eu costumo usar a ferramenta pincel do Illustrator e modifico a ponta para ficar meio ovalada e assim conseguir uma diferença de espessura no traço. Uso uma cor constrastante para fazer os traços principais. Como tenho tablet, faço tudo à mão livre e depois duplico o desenho vetorizado e arrumo os traços. Na imagem acima há pouca diferença entre os dois desenhos, mas é porque eu já tinha arrumado as linhas amarelas e só fiz um ajuste fino no desenho preto.

Daí jogo as linhas no photoshop.



Faço a colorização e sombreamento da ilustração.



E aproveito para adicionar a estrela no fundo.



Aplico alguns efeitos para deixá-la com mais volume e dar a impressão de algo brilhante, quase espelhado.



Com o personagem pronto, eu importo essa imagem no Illustrator para construir os outros elementos do logo.



Eu marco o espaço do texto e posiciono algumas estrelinhas em volta para ter uma idéia do espaço que irei utilizar. Daí volto ao photoshop para fazer os efeitos dessas outras estrelas.



O texto está em preto, mas é só para marcar o espaço onde ele ficará. Eu prefiro trabalhar o texto como curvas, no Illustrator. Posicionei algumas estrelinhas (usei a mesma que está servindo de base para o personagem, é importante poupar tempo) ao redor do texto e aí adicionei alguns efeitos.



Aí já posso apagar o texto para ver como está ficando e aplico os efeitos de brilhos e luminosidade para dar a impressão de movimento das estrelinhas.



Volto ao Illustrator para finalizar o texto. Posicionei o texto branco com o outline preto.



Separei os dois e usei um degradèe circular de cyan para azul escuro para o outline e para as letras amarelo e amarelo claro (quase branco). E o resultado final é este:



Bem, eu faço assim.

21.10.09

ARG!

Ultimamente tem se falado muito em ARGs (Alternate Reality Game), aqueles jogos interativos muito usados para promover filmes (como foi o caso de Batman Begins).

São várias ações compostas por tarefas e outras atividades que devem ser cumpridas pelos participantes a fim de receber algum diferencial sobre o tema do ARG, que pode ser um JPG exclusivo, algum tipo de brinde ou vários prêmios. O ARG de Anjos e Demônios premiou com TV de LCD, Home theater e outros brindes.

As pessoa participam como se estivessem em uma grande gincana e a verdade não é muito diferente disso. Eu mesmo participei do ARG de Anjos e Demônios e só não fiz mais porque algumas etapas requeriam participação presencial e em horários incompatíveis com o meu trabalho.

Mas é um tipo de ação muito eficaz para envolver as pessoas no clima do filme. Em Batman Begins, as pessoas se dividiam em grupos pró Batman e pró Coringa, em Anjos e Demônios resolviam enigmas e procuravam pistas em simbologias relacionadas ao enredo do filme.

E eis que alguém resolve utilizar a mesma ferramenta para divulgar o filme 2012. Só que, ao contrário dos filmes anteriores, este trata do fim do mundo. Nada de mais, afinal até o Nicolas Cage já pegou um belo bronzeado em Premsságio, Bruce Willis foi escavar um meteoro e Morgan Freeman teve que comunicar ao mundo que Bruce Willis não estava disponível e que a pedrona ia cair aqui.

Só que este filme trata de uma lenda a respeito do calendário Maia, que termina em 2012 e suspeita-se de que algo incrivelmente bom ou ruim irá acontecer. O filme escolhe a segunda opção e acha que o mundo vai acabar.

Eu já acho que os Maias fizeram um calendário que ia até 2012 e que quando chegassem lá fariam outro até sei lá quando, mas isso é só a minha opinião e não vem ao caso.

Bom, fato é que, dado a temaática do filme, fizeram um site (este aqui:http://www.instituteforhumancontinuity.org) que tem inclusive uma loteria para a continuidade humana (eu me cadastrei) e é feito como se fosse sério.

"Mas e daí?", bom daí que os bons e velhos americanos resolveram achar que a coisa é real e começaram a ligar para tudo quanto é cientista, instituto de pesquisa, NASA, CIA, FBI para perguntar se é verdade. Inclusive tem um grupo de adolescentes que já está até organizando um "suicídio coletivo" caso seja verdade.

Pergunto: será que isso se deve a um trabalho muito bem feito, que reamente transmite credibilidade a tal ponto das pessoas se esquecerem que não estão mais em 1938 escutando a famosa transmissão de "Guerra dos Mundos".

Com a facilidade de acesso à informação, as pessoas deveriam estar mais preparadas e não acreditar nesse tipo de brincadeira. Ou então, será que é devido ao acesso fácil e rápido à informação que a internet nos proporciona, que as pessoas já não conseguem mais distinguir a realidade de uma brincadeira?

Na verdade eu acho que é um conjunto das duas coisas. As pessoas tem acesso à informação, mas não tem instrução suficiente para lidar com ela. Não estou falando de escolaridade, mas sim da capacidade de análise e interpretação que cada pessoa tem.

E aliado a isso, temos a incrível facilidade em produzir coisas muito próximas do real, dada a tecnologia disponível atualmente. Esses ARGs, quando bem feitos, são muoto envolventes. Quem se aventurar a dar uma passadinha no site que citei acima, verá que a quantidade de informação e a forma como está estruturada, nos faz realmente crer que trata-se de um site sério.

Hoje recebi uma mensagem do IHC (Institute for Human Continuity)dizendo que o meu bilhete não dá acesso somente a mim, mas que é bom encorajar meus amigos e familiares a se inscreverem também.

Uma excelente forma de ganhar um mailing gigantesco, não? Ou será que é verdade?

8.10.09

Proibido para menores

Um problema recorrente nos postos, é a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. Quando o posto está próximo de uma área residencial então, é ainda pior porque muitas vezes mandam as crianças até o posto para comprar "uma cerveja para o meu pai".

Não importa se isso é verdade ou não, é proibido vender bebida alcoólica a menores de idade. Mas isso muitas vezes não é respeitado, seja devido à convivência do caixa do posto (que passa a conhecer os moradores locais e por isso acaba vendendo) ou por mera displicência.

Visando acabar com esse tipo de situação, fizemos uma "blitz" onde o nosso gerente operacional, que está sempre vistoriando os postos, fez um trabalho em cada posto com os caixas e logo em seguida, para reforçar a mensagem, desenvolvi um lembrete, usando ilustrações e de uma forma bem humorada.

22.9.09

Uma idéia que vale prêmios

Uma campanha interna para incentivar os próprios funcionários a encontrarem soluções inovadoras que trouxessem benefícios ao seu trabalho diário (maior eficiência ou produtividade, economia ou menor tempo para execução de uma tarefa), pedia um logo que fosse divertido.

A intenção era que as pessoas não entendessem como uma obrigação, mas um exercício diário de avaliação das suas tarefas, de uma forma lúdica, divertida e com a possibilidade de levar um prêmio para casa.

O logo que criei foi este aqui:

15.9.09

Propaganda Infantil

Há muitas formas de se ler o título acima. Como a propaganda que usa uma linguagem infantil, aquela que parece ter sido feita por crianças (ultimamente tenho visto coisas que até uma crinça faria melhor) ou ainda propaganda voltada à crianças.

É esta última leitura que utilizarei como foco. E já aviso de antemão: serei polêmico.

Esse assunto tem estado em voga dados os últimos embates de "pais conscientes" x brinquedos do McDonald´s. Esta por si só já é uma discussão que, para mim, significa que tem muita gente sem ter o que fazer e resolve "encher o saco de alguém".

Claro. Afinal qual o mal de se vender um lanche com brinquedo? "Ah, as crianças nem querem o lanche só querem o brinquedo!" bradarão as primeiras "mães conscientes do mundo globalizado em que estão".

É óbvio que querem o brinquedo. Eu também já quis. Já fui criança. Na minha época ficava me indagando porque o brinquedo não poderia vir junto com o Big Mac, que era o meu lanche favorito. Acabava comendo o Chesseburguer só para ter o brinquedo. E ficava com fome.

E dependendo do brinquedo, ainda hoje tenho vontade de comprar o McLanche Feliz, o que às vezes acontece. Nem sempre minhas filhas querem o mesmo brinquedo que eu. Nós temos uma regulariadade enorme para ir ao McDonald´s. É algo como uma vês a cada 3 meses. Excessões podem ser abertas, dependendo do brinquedo.

"Ah, mas você não cuida dos seus filhos!". Pelo contrário. Cuido sim. E posso afirmar com toda a certeza de que cuido muito melhor do que a maioria das mães e pais que bradam aos quatro ventos que o McDonald´s deveria parar de vender os lanches com brinquedos.

Eu acho que não só os lanches com brindes, mas as próprias propagandas devem ser permitidas e não apenas em horário nobre. Qual o mal em veicular uma propaganda de chocolate? Biscoito? Tênis?

As crianças vão querer? Lógico. Foi feito para elas. As crianças querem muitas coisas. Assim como os adultos. E é função dos adultos ensinar às crianças que não se pode ter tudo que querem.

O grande problema aqui é que os pais atuais não querem ensinar nada aos filhos. "É a vida moderna. A mulher moderna trabalha e não tem tempo para isso".

Leia-se "não tem tempo para ser mãe". Então porque não compram um cachorro? Papagaio? Uma Tartaruga? Filho é algo que você precisa se dedicar. Canso de ver casos de crianças que são muito bem educadas, mas isso enquanto estão com os outros porque em casa são somente crianças mimadas ao extremo.

E são esses que reclamam das propagandas. Porque sentem uma culpa tão grande por deixar os filhos abandonados num canto o dia todo, enquanto vivem suas "vidas modernas" que não conseguem negar aos filhos.

Os apelos na verdade são para eles: "Somos incompetentes na função. Parem de oferecer coisas aos nossos filhos ou seremos obrigados a contratar alguém que diga não a eles!".

Faz algum tempo, li em algum artigo que inclusive sugeria que as propagandas ensinassem as crianças a questionar. Ué? Isso não é função dos pais?

Ah, sim. Eles não tem essa competência.

No mundo todo já existem diversos países em que as propagandas de produtos infantis são proibidas ou somente permitidas após às 20h. Acho isso um exagero. É como pedir que o cinema também seja educativo. No mínimo ridículo. Quem deve ensinar alguma coisa é a escola.

Pior ainda é defender uma idéia absurda dessas e depois ver a novela das 8 na Globo.

As pessoas precisam compreender que criar um filho não é responsabilidade das empresas, agências de propaganda ou emissoras de tv. É dos pais. Se eles não tem tempo para fazer isso, comprem um peixe. Ou então, um screensaver que imita um aquário. Melhor ainda porque provalvelmente eles não terão tempo para dar comida e trocar a água do aquário.

Acho positivo não utilizar termos imperativos, como "Compre isso" ou "peça aquilo". Mas longe de proibir propagandas voltadas ao público infantil.

26.8.09

Vendas a Prazo

Muitas redes de postos oferecem a possibilidade de cadastro de frotas para pagamento mensal, quinzenal ou semanal de abastecimento e a Rede Viabrasil também tem seu departamento de "Vendas a Prazo".

Efetivamente, o que se faz é realmente uma venda a prazo, mas eu sempre achei esse nome feio pra burro e também sem identidade.

Eu criei o nome "Atendimento Exclusivo a Frotas" já o nosso sistema oferece muitas vantagens, como o uso de um cartão para abastecimento que possibilita verificar quem abastece, quanto e o que abastece e em qual posto abasteceu. Tudo em tempo real, via site.

E como era de se esperar, criei um logotipo para o serviço:

8.8.09

Básico, bom e barato

Achei estes anúncios, que eram para uma linha de relógios da Citizen chamada Aluminium. É uma linha de relógios bem mais leve, com caixa em alumínio e que só tem o básico. Portanto uma linha mais barata, mas que ainda conta com a qualidade Citizen.

Decidiram que essa linha seria destinada ao público jovem, justamente pelo poder aquisitivo restrito e este é um dos layouts que fiz para a campanha. Não foram aprovadas, então são praticamente, fantasmas.



27.7.09

Trade

Uma das empresas do Grupo Vibrapar é a Midas Elastômeros. A principal atividade é a reciclagem de pneumáticos inservíveis, mas também conta com uma linha de solventes.

Este anúncio foi feito para uma revista voltada para o trade. As latas estão voando (sem sombra ou reflexo), não deu tempo de trabalhar a transparência dos frascos de PET, mas o pessoal gostou e foi assim mesmo.

Pelo menos ficou bonito.

12.7.09

Anúncio "da hora"... :p

Esse título é horrível, mas é por causa de uma história verídica que aconteceu na agência onde trabalhei com a Citizen.

Foi antes de eu entrar lá. Um cara liga para a agência e diz que quer uma reunião com toda a diretoria da agência (se possível com a diretoria da Citizen também)porque quer mostrar uma idéia fantástica que ele teve.

Fez o maior carnaval e tanto insistiu que aceitaram ver a peça do cara. Ele chegou com várias folhas de uma espécie de contrato, que todos assinaram atestanto que caso não comprassem a idéia, não fariam uso dela de forma alguma.

Todos apreensivos e então, finalmente a idéia foi revelada. No layout uma foto de um relógio muito mal recortada e a frase genial: "Citizen. O relógio da hora!"

Bom, diz a lenda que ele ainda ficou irritado quando todos começaram a rir e que iria ao principal concorrente mostrar a "sacada" que ele teve.

O mais engraçado é que nessa agência, costumávamos ter boas idéias, que saíam do comum quando se trata de relógios. Se vocês prestarem atenção, são praticamente todos iguais. O relógio gigantão no meio da página, às vezes uma frase que não diz coisa com coisa (como nas propagandas de perfumes de grifes famosas) e a assinatura no canto inferior direito da marca.

Só que todas as nossas idéias eram detonadas pelo dono da agência e acabavam ficando ainda piores do que se tivéssemos feito algo chavão.

Este anúncio para o dia dos namorados, por incrível que pareça, sofreu pouquíssimas alterações. E tanto nós, diretores de arte, como os redatores que trabalharam nessa peça (fizemos umas 5 ou 6, mas essa era a mais legal) gostaram do resultado.

Num brainstorm rápido, fizemos uma lista de tudo que era relacionado aos namorados e que não fossem corações ou um casal de mãos dadas.

Uma das idéias foi a brincaderia do "bem-me-quer, mal-me-quer" que os apaixonados fazem (ou faziam...). E aos redatores coube a missão de transformar "bem-me-quer mal-me-quer" em "bem-me-quer bem-me-quer".

E eles mandaram muito bem.

3.7.09

Exercício de criação

Eu visito alguns blogs. Um deles é o do Brian Denham que desenha HQ´s direto no Illustrator.

E um dos posts dele é sobre um exercício de criação que ele encontrou em outro blog, em que o objetivo é criar uma capa de CD para uma banda fictícia.

Funciona assim:

1)Abra o site da Wikipedia e escolha "Randon". O primeiro resultado será o nome da sua banda.

2)Abra este site: http://www.quotationspage.com/random.php3 e as últimas 4 ou 5 palavras da última citação será o nome do seu álbum.

3) Abrao site do flicker: http://www.flickr.com/explore/interesting/7days e a terceira imagem será a imagem da sua capa.

Os meus foram:
1)http://en.wikipedia.org/wiki/Gmina_Bielice
2)http://www.quotationspage.com/random.php3
3)http://www.flickr.com/photos/sandeepak/3677051612/

O resultado é esse:

18.6.09

CRM - É preciso?

Estou fazendo um curso de pós graduação em Gestão de Marketing Empresarial, na Uniban. Ainda estamos no começo mas até agora o curso se mostrou muito bom.

Feito o jabazinho básico, vamos ao que interessa. Uma das matérias é justamente CRM, ou Customer Relationship Management (Gestão do Relacionamento com o Cliente). Qual a importância desta sigla atualmente, quando temos uma enorme tendência a comprar via internet e sem interação com outras pessoas?

Total! Mesmo quando se compra pela internet é possível criar um relacionamento com o cliente. Se ele entra no site e compra, é possível filtrar os ítens mais comprados ou buscados por aquela pessoa e depois enviar ofertas relacionadas a estes produtos.

Isso é somente um pequeno exemplo do que se pode fazer. CRM é muito mais que isso.

É preciso esclarecer que CRM não é um software, mas sim um conjunto de ações, uma estratégia que visa melhorar o relacionamento com o consumidor para que este seja fidelizado e com isso o aumento do índice de vendas e faturamento.

Muitas vezes as estratégias ficam somente na fórmula "Cartão de pontuação - troca por brindes" e em alguns casos a pontuação para se conseguir algum prêmio é tão alta que o cliente acaba desistindo do programa.

Para que a estratégia de CRM tenha sucesso, é preciso, antes de mais nada, entender que este não é um projeto de curto prazo, mas algo que sempre estará em movimento, adaptando-se e modificando-se ao longo dos anos.

Depois temos que entender quem é o nosso consumidor e o que ele precisa. Só assim é possível oferecer a ele alguma diferenciação. Como citam Peppers & Rogers, precisamos aplicar o IDIP. Identificar, Diferenciar, Interagir e Personalizar.

Com isso teremos um menor custo no desenvolvimento de novos produtos, teremos clientes que confiam na empresa e se sentem à vontade para compartilhar suas informações com ela e o mais importante, serão fiéis à sua empresa.

E ainda tem muito o que se dizer sobre CRM.

30.4.09

Era para ser assim...

Isso provavelmente já aconteceu com todos os designers, ao menos uma vez na vida. Você recebe um briefing e, seja ele bem feito ou não, tem uma idéia muito legal para o material.

Usa todo o seu conhecimento em design, aplica mais teorias de comunicação por centímetro quadrado do que tinha no seu TCC todo, sua memória traz automaticamente os resultados de pesquisas que você nem sabia que tinha lido (algumas vezes não lemos mesmo, acabamos imaginando tudo!)mas que para esse material fazem todo o sentido.

O café esfria na mesa tal é sua concentração na criação, mesmo que seja algo prosaico como uma faixa ou um folheto 1x0, você termina em menos de um terço do tempo normal de desenvolvimento, olha para ele na tela e diz: "Pô, esse ficou bom!".

Bom, isso me acontece com menos freqüência (não concordo com a deforma ortográfica! :D) do que gostaria, mas é sempre bom quando isso acontece porque o trabalho flui, quando estou num processo assim é comum eu pensar em duas ou três opções diferentes ao mesmo tempo.

E neste caso, das 5 que fiz, escolhi uma que considerei a melhor. O job era uma faixa para apresentar aos clientes dos Postos Viabrasil, o teste de qualidade do combustível.

Escolhi esta aqui:



Mas aí vai para aprovação, discute a cor, discute a diagramação, muda isso, aquilo e...

Ficou assim:



Já aconteceu com vocês?

18.2.09

Fantasma!!!

Eu participo da lista de discussões do Brainstorm9 (quem não conhece o site, vale a pena visitá-lo: www.brainstorm9.com.br) e recentemente rolou uma conversa sobre a validade dos anúncios fantasma.

E embora pareça muito simples para quem já é da área, isso pode ser um bicho de sete cabeças para quem está começando ou pensa em entrar nesse mercado.

Então resolvi postar este pequeno texto, baseado numa resposta que enviei no meio da discussão (no bom sentido, claro. Lá dificilmente tem quebra-pau,hehehe). Espero que seja útil para quem está no começo da estrada.

Nesse meio escutamos muita coisa, eu mesmo achava que só poderia colocar na minha pasta trabalhos qeu tivessem sido finalizados, aprovados pelo cliente e veiculados. Logo eu tinha uma pasta cheia de trabalhos até bem feitos tecnicamente falando, mas fora uma ou outra exceção, muito pobres em criatividade.

Então tive a sorte de trabalhar com um cara, que se tornou um grande amigo e que hoje é diretor de arte da Lew,Lara, que pediu para ver a minha pasta. Ele sempre andava com a dele e no final do expediente ele viu todos os meus trabalhos.

Então me mostrou a pasta dele. Era fantástica, tive que tomar o maior cuidado para não babar em cima dos layouts. Uma idéia melhor que a outra, muito bem montados, layout elegante, bem diagramado...

"Cara, onde saíram estes anúncios?", perguntei. Ele riu e disse: "Em lugar nenhum, tá louco? Acha que eu estaria trabalhando aqui (era uma agência pequena) se tivesse veiculado tudo isso?".

Então ele me explicou que fazer anúncios fantasma é uma prática muito comum, não só dos candidatos a diretores de arte como dos que já tem mais tempo de estrada. Isso acontece quando a idéia é boa, o cliente não aprova por algum motivo ou então a idéia é ótima, mas nãto tem cliente na agência dele que possa usar a idéia.

Até então eu achava que anúncios fantasma não tinham o menor valor, já que eram feitos sob condições perfeitas de criativade e pressão, sendo o restante totalmente desprezível. Para mim, o que valia era aquilo feito na correria do dia, passando intacto pelo atendimento, chegando ao cliente e retornando "o menos deformado possível".

Daí eu vi que não era bem assim. Minha pasta não chegava aos pés da pasta do meu amigo. E comecei a fazer anúncios fantasma também. Montei uma outra pasta somente com trabalhos realizados, o que foi muito bom já que com essa premissa, os diretores de arte já davam um desconto na hora de avaliar, porqu esabem que ali teve dedo de chefe com mau humor, atendimento que comeu "Criativitos" no café da manhã e principalmente, do cliente.

Na lista de discussão rolou uma história sobre algo que supostamente o Olivetto disse em uma palestra ou algo do gênero. Que devemos tomar cuidado com os fantasmas porque os diretores de arte chegam até a se recusar a ver uma pasta cheia deles. Tem que no mínimo ter sido inscrito em algum concurso.

Não sei se ele disse mesmo isso, mas o fato é que uma afirmação dessas é no mínimo infundada. Se tomarmos como verdade que isto é uma afirmação do Olivetto, ele pode até ter essa postura (e quem sabe orientar o pessoal da sua agência assim), mas via de regra todos os diretores de arte de diversas agências por onde passei com o meu pequeno "Receptáculo" em baixo do braço, me atenderam muito bem.

E todos fizeram críticas muito construtivas que até hoje me ajudam muito quando estou criando qualquer coisa.

Valem algumas dicas para se fazer um anuúncio fantasma. Já que você não tem o cliente, nem verba, nem nada para podar sua criatividade, utilize o formato de página dupla. Você terá mais espaço para diagramar os elementos do anúncio e mostrar melhor sua idéia.

Falando em idéia, não basta que ela seja genial, você ainda precisa transportá-la para o papel. Se a sua idéia for muito complexa, pode ser que não consiga executá-la muito bem e aí pode acabar destruindo tudo. Se é muito difícil é porque ainda não está no momento de você produzir algo assim (falta experiência) ou então é impossível.

Faça uso dos recursos disponíveis, câmera digital, tablet, internet, scanner, etc. Hoje é muito mais fácil fazer uma boa produção. Eu não passei pela época do past-up, mas era bem mais complicado. Basta dizer que para eu produzir uma foto para um fantasma, eu tinha que bater várias fotos, mandar revelar e ampliar (torcer para que ao menos uma fosse aproveitável)e então escanear em algum lugar, já que o scanner era caro pra burro.


Escolha sempre produtos que sejam fáceis de conseguir e com os quais você esteja familiarizado (pelo menos no início, vai facilitar bastante). Por exemplo, você teve uma idéia genial para o lançamento do novo Audi. Maravilha. E onde você vai conseguir a imagem do carro, na posição que você precisa, com a qualidade mínima necessária? Já um tubo de pasta de dente, creme para o rosto ou sorvete é bem fácil.

Monte uma pasta com uns 10 anúncios e ligue para as agências dizendo que você é aspirante a diretor de arte (seja gentil com as atendentes, normalmente elas são as recepcionistas e além disso costumam ser muito bonitas)e que quer mostrar sua pasta. Pergunte se algúem poderia atendê-lo. Elas estão acostumadas a isso e os diretores de arte também.

Eu mesmo avaliaria uma pasta com o maior prazer. É uma retribuição ao apoio que recebi dos outros diretores de arte.

E boa sorte!

26.1.09

Crise no País do Molusco

Essa crise tem assustado o mundo todo, que tem se preparado ou ao menos planejado o que fazer para evitá-la ou mesmo sobreviver a ela.

Muitos estão falando da crise no Brasil e o que estamos fazendo para superá-la. Mas eu tenho a impressão de que o Brasil ainda não teve impactos diretos dessa crise.

"Como não? E os bancos negando crédito e passando dificuldades? E as empresas demitindo a granel?". Sim eu sei de tudo isso. Mas ainda assim o que vejo é que o Brasil tem sofrido apenas reflexos dessa crise.

Digo reflexos porque, em sua maioria, as empresas que estão passando por dificuldades são aquelas que tem matrizes fora daqui. São aquelas que estão presentes em vários outros países, os quais infelizmente já estão sendo duramente afetados pela crise.

Não são poucos os que dizem que se as filiais brasileiras fossem as matrizes e não houvesse nenhuma outra filial espalhada por aí, estas estariam muito bem. É o caso da Avon, que uma amiga recentemente comentou. A filial brasileira está muito bem, mas o restante da empresa vai mal, logo a filial daqui também sofre as mesmas medidas adotadas mundialmente.

Bom, se é assim, então o problema realmente está lá fora. Ainda. Estamos sofrendo apenas um reflexo dessa crise.

Eu, que não sou economista, nem analista político, sou apenas um assalariado comum, acho que se não derem um jeito nos próximos 3 ou 4 meses, aí sim, vamos começar a ser impactados por essa crise diretamente.

Eu não tenho a menor base para calcular esse tempo, é chutômetro mesmo, mas se continuarmos assim, os países que negociam conosco, começarão a procurar por produtos mais baratos, com melhor prazo de pagamento, mesmo que isso signifique perder em qualidade (não que tenhamos os melhores produtos a preços exorbitantes, mas sempre há opções).

Como não tenho encontrado ninguém que partilhe dessa visão, posso apenas estar sendo muito pessimista, ou "viajando muito na maionese".

Quem sabe?

21.1.09

Quem sofre com mau hálito?

Eu fiz esta peça num intervalo, enquanto aguardava a aprovação de um material que desenvolvemos.

Tive a idéia e achei algums imagens que consegui montar para construir esse cenário.

Eu achava que a idéia era muito boa e nem tinha colocado texto algum, somente a imagem das escovas e o packshot do listerine no cantinho. Depois que terminei, já não achei tão boa assim e resolvi acrescentar um pequeno texto.

Aí comecei a achar que ficou bem esquisita. Me digam, o que acham?

2D Participações

Este é um logotipo que criei para um novo grupo que foi formado no final de 2008. Eles queriam que fosse algo moderno e elegante, mas que fosse ao mesmo tempo discreto.

Então criei este logo que pode ser impresso em um tom de cinza (no caso de publicações), ou em pantone prata (no caso da papelaria e materiais informativos.